domingo, 8 de janeiro de 2012

Pecados capitais da língua

Introdução: O escritor Tiago escreveu uma página, no capítulo três de seu livro, onde abordou o uso da língua. Ele fala da comunicação positiva, mas revela a destruição de alguém que não refreia a língua. Expõe com propriedade o desafio de ser bom comunicador e dominador dos lábios. Os que entenderem e atenderem seus sábios ensinos serão bem-sucedidos; harmoniosos socialmente. Eis os ‘defeitos’ mais gritantes da língua:


1 – MENTIRA. Iludir o próximo com história ou fato não original. Enganar propositalmente. Apresentar algo controverso da verdade. A Bíblia narra as palavras fortes do Mestre Jesus Cristo sobre a origem da mentira e seu autor. “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” Jo 8.44. Na conversão, o crente é exortado a deixar a mentira: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.” Ef 4.25. O Apocalipse mostra o destino dos mentirosos: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.” Ap 21.8. Laudas mentirosas serão abertas no juízo final.

2 – MALEDICÊNCIA. Proferir palavrões que ofendem. Palavras de baixo calão são ‘mais polidas’ para ofender alguém. Expressões como: ‘é menos verdade de vossa excelência’, quer dizer: você é mentiroso! Falar sem sentido. Ser grosseiro. Jesus disse: “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo.” Mt 12.36. Vícios de xingamentos são condenados por Deus. Chamar alguém de idiota é inferiorizá-lo.

3 – MURMURAÇÃO. Queixar-se de algo. Reclamar sem ter ‘direito’. Contradizer em voz baixa ao orador. Confrontar os propósitos divinos. Não se submeter à soberania de Deus. Os israelitas foram murmuradores e receberam castigos na viagem: “E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que morderam o povo; e morreu muito povo de Israel.” Nm 21.5-6. Paulo recorda o fato e adverte: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.” I Co 10.10. Os cristãos são estimulados a serem operosos: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” Fp 2.14.

4 – BLASFÊMIA. Insurgir-se com palavras contra as coisas espirituais sagradas. Intrigar-se contra pessoas investidas de autoridade eclesiástica. Contrariar a fé com ditos inapropriados; negar a divindade. Os blasfemos eram punidos com a morte: “Então, o filho da mulher israelita blasfemou o nome do SENHOR e o amaldiçoou, pelo que o trouxeram a Moisés; e o nome de sua mãe era Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Tira o que tem blasfemado para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as suas mãos sobre a sua cabeça; então, toda a congregação o apedrejará.” Lv 24.11,14.

5 – INJÚRIA. Insultar o semelhante com gesto, palavra ou outro meio de ofender. ‘Mexer’ com quem está calado. Provocar aquele que está ‘quieto’. Ofender quem age com correção. Profeticamente Jesus foi injuriado: “Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Aborreceram-me sem causa.” Jo 15.25. “Pois o zelo da tua casa me devorou, e as injúrias dos que te afrontam caíram sobre mim.” Sl 69.9. O servo de Deus deve suportar as injúrias sem vingança: “Não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.” I Pd 3.9. Depreciar e humilhar outrem são injúrias. O Senhor Jesus Cristo advertiu sobre palavras injuriosas que seus discípulos receberiam: “Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai- vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mt 5.11-12.

6 – CALÚNIA. Acusar alguém inocente. Ferir a honra do semelhante. Desmerecer a reputação de alguém. Falar do que não sabe, não viu e não prova sobre outra pessoa. Jesus, o Mestre, ensinou: “Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam.” Lc 6.28. O ser humano é tão propenso à calúnia que somos advertidos a não acreditar, inocentemente, em qualquer pessoa: “Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que enganar, e todo amigo anda caluniando.” Jr 9.4. Testemunha falsa é espécie de caluniador.

7 – DIFAMAÇÃO. Fazer desacreditar de alguém publicamente. Criar má fama sobre alguém. Falar mal, ‘desgastar’ a imagem de alguém. Nos Salmos, lemos sobre a ferocidade do rei Davi contra a difamação: “Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei.” Sl 101.5. Passar imagem negativa de alguém para outrem, com propósito de tomar seu posto ou seus votos, é difamação. É errado. É pecado. O difamador é irmão gêmeo do escarnecedor, do zombador.

Conclusão: A matéria acima foi apresentada de modo panorâmico. Não sabemos precisar quantos mais pecados a língua leviana pode produzir. Sabemos que as Escrituras Sagradas orientam os sábios. Os loucos menosprezam as advertências e correções. Resultado: males sem número se aglomeram na alma da pessoa maledicente. Milhares de pessoas perdem mais a credibilidade ao movimentarem os lábios do que ao descansarem os braços. Finalizo com o contraste: “Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde.” Pv 12.18.
Artigo escrito por Pr. Odair Alves de Oliveira
Nascido em Uberaba MG, em 17 de novembro de 1952, é casado desde 21 de julho de 1973, com Orilene Felipe Néris Oliveira – Missionária.
Formado em teologia básica no Instituto Bíblico Ebenézer – Rio de Janeiro RJ; e EETAD – Campinas SP. Pastoreou Igrejas em Planaltina DF; Gurupi TO; Sobradinho DF; Gama DF; Philadelphia PA USA.
Co-pastor da Assembléia de Deus em Taguatinga Norte DF.
Escritor – Membro da ANE – Associação Nacional dos Escritores - DF
Pr. Odair Alves de Oliveira

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