EBD

10 RAZÕES PARA FREQUENTAR A ESCOLA BÍBLICA
 



  1. Alimento espiritual genuíno e sadio que só pode ser obtido pelo estudo claro, metódico, continuado e progressivo da Palavra de Deus.
  2. Crescimento e desenvolvimento pessoal através do estudo da Palavra de Deus.
  3. Cumprimento dos objetivos da Igreja do Senhor, pois os objetivos da Escola Bíblica são os mesmos da Igreja.
  4. Aquisição de qualidade bíblica e espiritual permanente.
  5. Desempenho melhor das atividades da Obra de Deus pela aquisição de uma fé mais robusta e madura.
  6. Desenvolvimento da espiritualidade e caráter cristão.
  7. Aprendizado sobre evangelização e amor e cooperação com a obra missionária.
  8. Oportunidade ilimitada para servir ao Senhor, pois a Escola Bíblica é o lugar para a descoberta, motivação e treinamento de novos talentos.
  9. Fortalecimento do relacionamento entre pais e filhos, reunindo a família, pois as crianças crescem na disciplina do Senhor; e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.
  10. Fonte de avivamento, porque onde a Palavra de Deus é ensinada e praticada o avivamento acontece.
     
     
     
     
    RESUMO DA LIÇÃO 9 -  
    A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO
    I - OS SACERDOTES QUE VIERAM COM ZOROBABEL
    1. Os que vieram com Zorobabel.
    2. O ministério sacerdotal.
    3. O ministério dos levitas.
    II - A DEDICAÇÃO DOS MUROS
    1. A participação dos levitas.
    2. A participação dos cantores.
    3. A purificação dos sacerdotes e do povo.
    Ill - CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA
    1. A festa de dedicação.
    2. Uma liturgia santa.
    3. Os sacrifícios (v. 43).
     
    LEITURA - Salmos 33.1-14.
     1 Regozijai-vos no SENHOR, vós, justos, pois aos retos convém o louvor. 2 Louvai ao SENHOR com harpa, cantai a ele com saltério de dez cordas. 3 Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo. 4 Porque a palavra do SENHOR é reta, e todas as suas obras são fiéis. 5 Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do SENHOR. 6 Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. 7 Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros. 8 Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. 9 Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu. 10 O SENHOR desfaz o conselho das nações; quebranta os intentos dos povos. 11 O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração, de geração em geração. 12 Bem-aventurada é a nação cujo DEUS é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para a sua herança. 13 O SENHOR olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens; 14 da sua morada contempla todos os moradores da terra.
    O QUE É LOUVOR?
    Encontramos a palavra louvor em toda a Bíblia. Louvar é reconhecer as obras, feitos e promessas de Deus. De acordo com o Salmo 22:3, Deus habita do meio do louvor.
    Salmo 22:3 - "Contudo tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel."
    A palavra louvor é usada comumente das seguintes formas:
    PARA DAR LOUVOR
    Salmo 9:1 - "Louvar-te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas."
    PARA EXPRESSAR JULGAMENTO FAVORÁVEL
    Salmo 8:1 - "Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome; pois expuseste nos céus a tua majestade."
    PARA DECLARAR GLÓRIA
    Gênesis 29: 34-35 - "De novo concebeu, e deu à luz um filho; então disse: "Esta vez louvarei o SENHOR". E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar à luz."
     
      
    Pelo dicionário Priberam, na internet, Louvor é: acto de louvar; elogio; apologia; glorificação.
      
    O LOUVOR A DEUS
    Sl 9.1,2 “Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.
    Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.”

    A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR. A Bíblia constantemente exorta o povo de DEUS a louvar ao Senhor.
    (1) O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a DEUS: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).
    (2) O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a DEUS (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a DEUS pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a DEUS está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de DEUS a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de DEUS o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).
    (3) O chamado para louvar a DEUS também ecoa por todo o NT. O próprio JESUS  louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a DEUS (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a DEUS continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
    (4) Louvar a DEUS é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de DEUS, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, DEUS também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de DEUS (150.6). E, se tanto não bastasse, DEUS também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).

    MÉTODOS DE LOUVOR. Há várias maneiras de se louvar a DEUS.
    (1) O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de DEUS (100.4).
    (2) Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14.14-16, ver 14.15).
    (3) O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150.4); instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).
    (4) Podemos, também, louvar a DEUS, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de DEUS para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15). Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de DEUS, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb 2.12) e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de DEUS “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a DEUS.
    (5) Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de DEUS está a louvar ao Senhor. JESUS  nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a DEUS (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a DEUS (Fp 1.11).

    MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS. Por que o povo louva ao Senhor?
    (1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso DEUS, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).
    (2) A nossa experiência dos atos poderosos de DEUS, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a DEUS pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).
    (3) Também devemos louvar a DEUS por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).
    (4) Finalmente, o cuidado providente de DEUS para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome (68.19; 103; 147; Is 63.7)
     
    O LOUVOR NA ADORAÇÃO:
    Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).
    Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. 
    O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de JESUS , a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
     
    O LOUVOR INTIMIDA:
    Por esta razão, DEUS nos deu o livro de Salmos - um livro de louvor para o povo de DEUS... Essa coletânea de hinos e orações foi encadeada por um único 'fio' - um coração ansioso por DEUS.
    Alguns são desafiantes. Outros, reverentes. Alguns deveriam ser cantados. Outros são orações. Alguns são intensamente pessoais. Outros parecem ter sidos escritos como se o mundo inteiro fosse usá-los...
    A própria variedade deveria nos lembrar de que o louvor é pessoal. Não existe uma fórmula secreta. Cada um louva de forma diferente. Mas todos devem louvar." (LUCADO, Max. Promessas inspiradoras de DEUS. RJ:CPAD, 2005, p.49.)
     
    DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO:
    Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
    Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, ou vai fazer, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
    O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
    O louvor nasce em nossa alma e precisa da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais e de cânticos, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito, pode ser feita sem participação de outras pessoas, é pessoal;
    O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
    No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
    Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até a natureza e os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
    O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
    Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é adoração).
    Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
    Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
    Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
    O louvor é momento, a adoração é uma vida no altar.
    Devemos sempre louvar a DEUS, mas acima de qualquer outra coisa O adorarmos em ESPÍRITO e em Verdade.
    O louvor leva à adoração, portanto nunca deixemos de Louvar ao nosso DEUS.
     
    O louvor evangeliza, ganha almas, une povos, exalta a DEUS.  
     
    O Que Cantar?
    Texto Base:Salmos 100  “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da Terra. Servo ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com canto ... Porque o Senhor é bom, e eterna a Sua misericórdia; e a Sua verdade se estende de geração a geração”.
    Quando apresentamos um hino de Adoração na Igreja, a quem ele se destina? Teoricamente dizemos que o estamos apresentando a Deus, ou no mínimo em Seu louvor (o que são coisas diferentes).
    Sendo verdade o que dizemos, como justificar os critérios pelos quais selecionamos nossos “hinos”?
    - Gosto desse. - - Acho “bonito” - - Agrada à Igreja - - “Me sinto” bem ao ouvi-lo
    Não deveria o gosto de Deus ser considerado em primeiro lugar? Dedicamos a Deus os hinos, mas o excluímos na hora de escolhê-los. É como dar um presente sem levar em consideração o gosto do presenteado.
    Muitas vezes Deus, seu gosto e sua glória são lembrados apenas no momento da justificativa, de forma a manter as aparências.
    Os mais antigos criticam os jovens pelos ritmos presentes em seus cânticos, mas escolhem melodias carregadas de emotividade, como era a música popular de seu tempo. Nosso gosto não é um padrão confiável.
    Como será a música no Céu? É melhor que tentemos nos acostumar com ela aqui.
     
    OBSERVAÇÕES SOBRE RITMOS E O “LOUVOR” NA LITURGIA
    “São todos os ritmos apropriados ao louvor, na igreja?”.
    Para tratar dessa questão, eu poderia ter entrado no chamado “Princípio Regulador”, que descreve a orientação do culto reformado, no qual somente as coisas diretamente comandadas por DEUS devem fazer parte da liturgia. Ocorre que, tomado literalmente, não existe uma única igreja nossa que se enquadre na interpretação mais rígida do “Princípio”, mesmo aquelas pastoreadas ou freqüentadas por seus mais ávidos proponentes. Até nas mais conservadoras encontramos o coro da Igreja, devidamente fardado sob o nosso escaldante calor tropical, entoando belos hinos ao Senhor – alguém pode me indicar onde isso está prescrito no Novo Testamento? Mesmo em nossas igrejas co-irmãs da Escócia – supostas praticantes coerentes do “princípio regulador”; aquelas que defendem que o Antigo Testamento não tem nada a nos dizer sobre a liturgia do Novo Testamento, que são contra a utilização de instrumentos musicais e onde somente os Salmos são entoados, não existe coerência. Os Salmos são cantados, porém com músicas e métricas geradas por mentes de cristãos que viveram milênios após a escrita dos textos bíblicos e as letras são adaptações, para se enquadrar na métrica. Isso sem falar que a tentativa é de uma liturgia neo-testamentária, que, na parte da música é totalmente dependente do Antigo Testamento – pois lá é que encontramos os Salmos. Nessas igrejas, todas as palavras dos Salmos devem ser cantadas com fervor, mas se encontramos aqueles trechos que falam dos instrumentos musicais temos que ignorar tanto o texto como a eles, e considerando-os parte de uma outra era – dá para perceber alguma incoerência nisso? Recorrer, portanto a um exame aprofundado, complexo e possivelmente infrutífero, na definição e aplicabilidade do “princípio regulador”, não responderia a questão, traria outras à tona e é uma reflexão necessária que tem que ser levada a cabo em outra arena. Preferi, portanto, responder o assunto dentro do direcionamento geral que temos nas escrituras e do senso comum que DEUS nos concedeu, em vez de invocar nossas raízes históricas.
    Quando procuramos na Palavra de DEUS não encontramos restrição ou classificação intrínseca de ritmos, como existindo os que são “maus”, e os que são “bons”. Sei que inúmeros livros têm sido escrito, no campo evangélico, sobre as raízes malévolas de certos ritmos e é certo que os ritmos estimulam as pessoas a diferentes estados de espírito, mas permito-me desconfiar das conclusões supostamente científicas e das conexões traçadas por tais trabalhos. Na maioria das vezes temos apenas uma coletânea de opiniões pessoais e ilações infundadas. Às vezes, somos levados à dedução de que o único cântico admissível na igreja seria, preferencialmente, o gregoriano, de alguns séculos atrás, sem muita variação musical ou harmonia.
    A realidade é que a Bíblia parece aceitar a utilização de ritmos na adoração. Com certeza existiam os Salmos “mais agitados” e os “mais lentos’. Independentemente de tratarmos de “liturgia do VT” ou “do NT”; do templo, da sinagoga ou da igreja primitiva, DEUS permanece o mesmo e o seu agrado/desagrado não deve ter sido modificado na Nova Aliança. Assim, qualquer investigação sem idéias preconcebidas, verificará que instrumentos diversos e variados foram utilizados pelos fiéis e aceitos por DEUS, na adoração de sua pessoa.
    Como já frisamos, entretanto, independentemente da letra, existe uma empatia entre melodia e ritmo, e o estado de espírito provocado nos cantantes/adoradores. Ou seja, um ritmo agitado em uma hora de contrição é uma contradição de bom senso (algo há muito perdido em nossas igrejas). Não deveríamos precisar de uma profunda exposição teológica para substanciar isso. Um ritmo lento, ou em tom (clave) menor, numa ocasião de festa, de acampamento, por ocasião de uma caminhada, é também uma contradição de bom senso. Quando esse julgamento é quebrado, na igreja, faz-se também violência aos que estão sinceramente procurando adorar. O Salmo 33.3 nos orienta a cantar “com arte” (qualidade, propriedade, musicalidade, harmonia) e “com júbilo” (entusiasmo). Isso nos indica que intensa qualidade musical deve ser objetivada no louvor a DEUS e, por outro lado, que é um erro equacionarmos espiritualidade, com um cântico “morto” destituído de entusiasmo, sem o envolvimento de todo o nosso ser.A maioria dos Salmos possui títulos que grande parte dos eruditos bíblicos considera como sendo parte do texto original. Essa conclusão ocorre não somente porque se encontram nos manuscritos mais antigos, como também porque muitos estão incorporados ou intrinsecamente ligados ao texto, mas também porque outros livros bíblicos (Exs.: 2 Sm 22 e Habacuque 3) trazem tanto salmos como os seus títulos em seus textos inspirados. No livro dos Salmos, os títulos, muitas vezes, classificam aqueles cânticos quanto às diferentes ocasiões nas quais deveriam ser entoados. A indicação parece ser a de que existiam melodias e ritmos próprios para cada situação, por exemplo: “cântico de romagem [marcha]” (Salmo 120); “salmo didático, para cítara” (Salmo 53); “para instrumento de corda” (Salmo 4); “para flautas” (Salmo 5). Cada dirigente de música ou líder eclesiástico, em nossas igrejas, deveria levar essa questão em consideração utilizando a massa cinzenta que DEUS lhes deu para discernir os ritmos apropriados e impedir aberrações na liturgia.No que diz respeito à letra, as Escrituras dão considerável ênfase à linguagem dos cânticos. Em Efésios 5:19, a força da prescrição está na comunicação que os cânticos devem apresentar:  “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”. Ou seja, é totalmente destituído de valor o cântico no qual não existe concentração na letra, ou quando esta não reflete os ensinamentos da Palavra, ou quando é entoado mecanicamente, só pelo ritmo ou melodia. A passagem paralela, em Colossenses 3:16, também enfatiza o aspecto de comunicação e exortação através dos cânticos, sempre fundamentados na Palavra de DEUS (ou, como traz o texto, na Palavra de CRISTO): “Habite, ricamente, em vós a palavra de CRISTO; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a DEUS, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”.  Não resta dúvida, pois, que as letras, ou as palavras, devem refletir os ensinamentos bíblicos e comunicar coisas inteligíveis aos participantes. Hinos, corinhos, cânticos que não comunicam ou que têm palavras antigas, anacrônicas, obsoletas, obscuras ou hebraismos / helenismos desconhecidos dos que cantam e/ou ouvem -- fogem à característica bíblica da adoração, na qual a comunicação é parte importantíssima. Vale a pena, portanto, perguntarmos, será que todos sabem, mesmo, o que é El-Shadai? E o que deveríamos pensar do “...lá, lá, lá, lá...” tão freqüente nos cânticos contemporâneos? Estão comunicando o que?
    O grande problema contemporâneo que encontramos, acredito, reside em dois pontos cruciais:
    (1) Um anacronismo enrustido de uns – esses acham que algo para ser bom, cristão e próprio tem que ser velho e maçante;
    (2) Uma ingenuidade gratuita de outros, que, se deixada ao bel-prazer, vira arrogância e descaso pelo bem estar espiritual dos demais irmãos.
    Acredito que podemos ser consideravelmente abrangentes na nossa aceitação de ritmos e melodias. Creio que podemos louvar a DEUS de muitas maneiras e formas, expressando toda a variedade recebida dele, em nossa formação cultural e nacional. Mas louvor é coisa séria e essas questões acima não podem simplesmente ser ignoradas. Muitas igrejas não deixariam um pastor qualquer subir no seu púlpito e pregar um sermão aos fiéis. Exigem preparo, referência, anos de seminário, aprovação por um presbitério, tutores, orientadores, testes, etc. Mas escancaram as portas para o doutrinamento e a palavra de autoridade advinda de pessoas que podem até estar cheias de sinceridade, mas igualmente repletas de inexperiência e falta de preparo para orientarem doutrinariamente o povo de DEUS.
    Uma outra questão, que tem que ser aferida, é a utilização de músicas conhecidas com letras evangélicas. Sabemos que isso ocorre nos hinos, de uma forma geral. Por exemplo, nosso antigo hino: “Da linda pátria estou, bem longe...” é uma canção folclórica Norte Americana, bem como o Hino No. 113: “Achei um bom amigo”. Assim, muitos outros hinos nossos procedem do folclore de outras nações; a música Italiana “Sole Mio” já serviu para várias versões de hinos. Entretanto, quando a música utilizada é contemporânea demais, é impossível divorciar a letra original do que está sendo cantado. Por exemplo, já cantei várias vezes, em diversas igrejas, a letra de “glória, glória, aleluia...” com a música de “Asa branca”. “Casa” direitinho – a métrica é idêntica. Só que toda vez que canto só me lembro de “Asa Branca” e de Luiz Gonzaga. Dita o bom senso que essa situação não conduz à plena adoração. Só essa constatação bastaria para mostrar que não é sábio trasladar músicas contemporâneas, de outras canções, para cânticos eclesiásticos. Mas existe ainda uma falta de gosto total, de propriedade, de sabedoria e de avaliação do ridículo com transmutações na qual a associação é com ritmos e músicas que têm uma letra ou mensagem, às vezes, até imoral, sendo totalmente impossível o cântico sem a lembrança do original, corrompendo, em vez de edificar. Tal é o caso do “Segura o Tcham” que recebeu letra “evangélica”, na Bahia, como “Segura o Cão”. Parece brincadeira mas é verdade, ainda que tenha sido em uma “Igreja Universal”. Da forma como se encaminham as coisas, qualquer hora dessas essa moda chega no nosso meio.
    Realmente, a questão de ritmos não é uma questão na qual a Bíblia legisla claramente. Cada um de nós, portanto, tem que formar a sua própria opinião, sempre procurando os valores maiores expressos na Palavra de DEUS, em nossos relacionamentos pessoais, sem nunca esquecer a primazia da verdade clara sobre nossas conclusões pessoais. Por último, existe um outro aspecto de nossa liturgia que merece ser levantado. Alguém, em algum lugar, decidiu (e não extraiu da Palavra) que os cânticos não podem estar mesclados com os diversos passos da liturgia, mas devem ser cantados de uma só vez, na chamada “hora de louvor”. Mais sério ainda, alguém achou que só se pode louvar a DEUS em cânticos se estivermos em pé. Apesar de já ter dobrado o cabo da boa esperança, não estou tão velho assim, mas confesso que é difícil e me canso de ficar em pé 20, 30, às vezes 45 minutos seguidos, entre tentativas de concentração de Louvar a DEUS afastando os pensamentos pouco santos contra o inventor que me obrigou a tal tortura. Hinos podem ser cantados sentados; mas “cânticos espirituais”, só podem ser entoados de pé. Alguém sabe quem legislou isso? Mereceria termos uma palavrinha com ele.  
     
    Um Cântico Novo
    Salmos 33:3  “Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo”.
    Que cântico novo seria este, senão o cântico de um novo coração, transformado segundo a vontade de Deus? Um cântico realmente inspirado pelo ESPÍRITO SANTO. 
    Salmos 96:6  “Adorai o Senhor na beleza da Sua Santidade”.
     
     
    APLICAÇÃO PESSOAL
    "Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a DEUS, e os outros presos escutavam" (At 16.25). O silêncio noturno foi cortado pelo suave cicio da oração. Os únicos instrumentos que acompanhavam o louvor dos acorrentados eram os grilhões soturnos. Na tormenta, Paulo e Silas adoravam! Na angústia, suplicavam! A dor foi vencida pela oração. A tristeza renegada pelo louvor a DEUS. Somente os que descobriram o poder da oração e do louvor são capazes de adorar no centro do furacão. O turbilhão era apenas mais um ritmo para compor os mais melodiosos versos ao glorioso Senhor: "Andando eu no meio da angústia", dizia o salmista, "tu me revivificarás" (Sl 138.7). E assim ocorreu com os denodados missionários. O DEUS que ouviu os apóstolos na prisão é o mesmo que atende as nossas orações e louvores hoje. Adoremos ao Senhor "na beleza da santidade". Se tremermos diante dEle, o cárcere estremecerá diante de sua majestosa presença (Sl 96.9).
     
     







    LIÇÃO Nº 03 - DATA: 16/10/2011
    TÍTULO: “APRENDENDO COM AS PORTAS DE JERUSALÉM”
    TEXTO ÁUREO – Ne 4:6
    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ne 3:1-15
    PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
    e-mail: geluew@yahoo.com.br
    blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
                                              
                                                    I – INTRODUÇÃO:
    Is 26:1-2 - Para que serve um muro? Por um lado, para proteger, mas também serve para separar; para excluir e para incluir. A cristandade tem o mundo; a vida da igreja, não. Então, estes muros de separação têm as suas portas, e estas portas, de uma maneira gradativa, representam a restauração do cristão individual e também da vida da igreja. Concentremo-nos, pois, na restauração do muro e das portas de Jerusalém. É um retrato do que é a vida da igreja em vias de restauração.
    II – NOMES, SÍMBOLOS E PROPÓSITOS ESPIRITUAIS DAS DOZE PORTAS DE JERUSALÉM:
    A cidade antiga de Jerusalém possui 12 portas de acesso. Cada porta tem um significado espiritual. Vejamos:
    (1) - A PORTA DO GADO (DAS OVELHAS) - Ne 3:1; 12:39 - Por essa porta passavam ou nela permaneciam os animais que deveriam ser oferecidos como sacrifício pelos pecados do povo, de acordo com as exigências da Lei de Moisés.
    Sob o ponto de vista espiritual, era a porta mais importante, pois de nenhuma outra a Bíblia diz que foi consagrada; somente esta!
    As demais portas tinham os seus ferrolhos e as suas fechaduras; mas a porta das Ovelhas foi deixada sem ferrolhos, ou pelo menos não é mencionado. Isso indica que a salvação é para todos; todos podem ser ovelhas, pois Deus não faz acepção de pessoa - Jo 3:16
    É a porta de encontro com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo 10:7,9; Sl 23:1,2).
    Representa a conversão e o louvor do homem à Deus.
    (2) - A PORTA DOS PEIXES - Ne 3:3; 12:39; 2 Cr. 33:14; Sf 1:10 - É a porta dos pescadores; porta da dedicação profética; fala-nos de crescimento, reprodução.
    Lembra-nos dos pescadores do mar da Galiléia chamados por Deus para serem seus discípulos, tornando-se então, pescadores de homens (Mt 4:18-22).
    Esta porta, por onde passavam os pescadores ao partir e voltar da pesca, homenageia a Pregação do Sagrado Evangelho - Is 52:7
    (3) - A PORTA VELHA - Ne 3:6; 12:39; 2 Cr 33:14; 2 Rs 22:14 - Também chamada “Primeira Porta” (Zc 14:10) - Simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo acerca das gerações, de sua origem.
    No sentido espiritual, indica-nos a necessidade do desapego e libertação do passado. Representa o ato de renunciar a vida passada; renunciar a nós e nossos costumes para servirmos a Cristo. (2 Cor 5:17; Ef 4:22-24 e Fp 3:13-14).
    Depois que uma pessoa é ovelha, depois que passou pela porta dos Peixes e se converte em pescador de homens, é necessário que não só como pessoa, mas como igreja, seja restaurada a porta Velha. A porta Velha se refere voltarmos para os caminhos antigos - Jr 6:16 - Não podemos inovar. Permaneçamos conforme o modelo que nos foi mostrado.
    (4) - A PORTA DO VALE - Ne 2:13; 3:13; 2 Cr 26:9 - Esta porta nos fala a respeito da humildade. Quando nós chegamos na vida da igreja, vamos com muitas presunções, com vontades de buscar posições. Trazemos muitas coisas, muita altivez. Esta porta do Vale fala disso.
    A vida da igreja não é edificada a não ser com sofrimentos, com a negação do eu e pelo tomar a cruz a cada dia. Aqui a porta do Vale significa isso, que quando entramos na vida da igreja somos ovelhas, somos pescadores de homens, passamos pela porta Velha e entramos pelos caminhos antigos: recuperamos a Palavra, a doutrina e o ensino dos apóstolos, e logo que temos todas estas coisas, há muitos vales.
    Is 40:4; Lc 14:11 - Isto é a vida da igreja: uma vida de cruz.
    (5) - A PORTA DO MONTURO - Ne 2:13; 3:13; 12:31 - Provavelmente, igual a Porta do Sol (Jr 19:02) - Era por onde passavam os esgotos e se processava a remoção do lixo. Essa porta representava a limpeza que deveria haver na cidade de Deus. Por ela saíam todas as impurezas, como que a indicar que a cidade santa deveria estar sempre limpa, assim como o nosso coração deve estar! (Tg 4:8; 2 Tm 2:21; 1 Jo 3:2,3 e Mt 5:8).
    As portas são tanto para abrir como para fechar. Elas se abrem para as ovelhas entrarem. Mas a porta também tem outra função: expulsar ou tirar. Pela porta do monturo o lixo era retirado.
    Isso se refere a nossa vida interior. Nela há muitas coisas. Cada um de nós tem uma vida secreta, bem escondida. Não é pública, só Deus a conhece. E é justamente aí que o Senhor quer tratar conosco, para nos conceder o Seu perdão.
    Logo, a Porta do Monturo representa a absolvição dos nossos pecados.
    (6) - A PORTA DA FONTE - Ne 2:14; 3:14; 12:37 - Simbolizava a bênção divina constante a brotar na nascente. Essa porta ficava ao sul de Jerusalém, perto da fonte de Siloé, onde o cego de nascença foi curado por Jesus! (Jo 9:10-11).
    Espiritualmente, simbolizava a realidade dos milagres dos evangelhos profetizados por Isaías (Is 61:1 – Lc 4:18,19) e realizados por Jesus; este poder foi delegado para a igreja, para a dispensação da graça (Lc 10:19; Mc 16:17).
    Representa os milagres e a bênção de Deus nas nossas vidas.
    A porta da Fonte se refere também ao enchimento do Espírito Santo.
    Depois que fomos despojados de todo o lixo, somos vasilhas limpas, e precisamos ser cheios do Espírito Santo; necessitamos do fluir do Espírito.
    O Livro de Atos, diz que os cristãos foram cheios do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
    Mais adiante, no capítulo 4, muitas destas pessoas estavam orando; o lugar onde estavam tremeu, e foram cheios do Espírito Santo pela segunda vez. Isso indica que há um encher do Espírito Santo constantemente.
    O Senhor não nos enche uma vez para sempre do Espírito. Precisamos ser cheios do Espírito Santo uma e outras vezes.
    Os irmãos em Éfeso, quando Paulo esteve com eles por mais de três anos, viram as maravilhas do Senhor, foram cheios do Espírito Santo. Muitos anos depois, Paulo escreve: “Não vos embriagueis com vinho … antes enchei-vos do Espírito Santo”. De que maneira? “Falando”.
    Temos que falar, temos que fluir, temos que pregar, temos que ensinar, temos que salmodiar. Isto nos enche do Espírito Santo.
    (7) - A PORTA DA PRISÃO - Ne 12:39 - Também denominada Porta do Pátio do Cárcere (Ne 3:25) ou Porta da Guarda (2 Rs 11:6, 19) - Neste pátio o profeta Jeremias esteve preso (Jr.32:2; 33:1; 37:21).
    Espiritualmente, simboliza “as cadeias” ou “prisões” que imobilizam o pecador, ou até mesmo o crente que se descuida da vigilância (Jo 8:32,36; Sl 107:13,14; 148:7).
    Esta porta representa o sofrimento e perseguições àquele que segue as palavras de Cristão.
    Porém, as prisões podem ser quebradas pelo poder de Deus (At 16:26).
    (8) - A PORTA DAS ÁGUAS - Ne 3:26; 8:1,3,16; 12:37 - Esta porta proporcionava suprimento de água para a cidade.
    A água no oriente está entre os elementos mais necessários e mais desejáveis; uma fonte, um poço, um rio, um lago e até mesmo as águas das chuvas, eram considerados e estimados como bênçãos de Deus nas terras áridas.
    A porta das águas, portanto, tinha significação elevada naqueles dias (Sl 65:9-13).
    Espiritualmente, esta porta simboliza as águas da Palavra de Deus e do Espírito Santo que devem regar continuamente o arraial dos santos, a igreja do Senhor (Sl 63:1; Is 44:3; Jo 3:5; 4:14; 7:37-39).
    No tabernáculo de Deus, no deserto, havia uma fonte de bronze. O fundo dessa fonte foi feito com os espelhos das mulheres de Israel. Nele o sacerdote jogava água limpa e se lavava. A primeira coisa que era refletida era a face do sacerdote.
    Isto indica que quando nós vamos para a Palavra, esta nos fala, mostrando a nossa condição espiritual, seja ela pecaminosa ou não. Ali somos libertados, pois a Palavra de Deus nos lava, nos repreende, nos edifica.
    (9) - A PORTA DOS CAVALOS - Ne 3:28; 2 Rs 11:16; 2 Cr 23:15; Jr 31:40) - A palavra “cavalo” indicava, naqueles dias, atividades e lutas.
    Os cavalos eram peças essenciais nas guerras, sem os quais os carros não poderiam andar. Os cavalos simbolizavam as guerras, as batalhas, as lutas, enfim, as conquistas dos povos!
    Por outro aspecto, cavalo lembra um meio de transporte que leva as cargas e os pesos.
    Espiritualmente, traz-nos à lembrança o imensurável amor de Deus que deu o seu unigênito Filho para levar sobre si as nossas cargas de pecado, de doenças, de possessões (Jo 3:16; Is 53:4; Mt 11:18,29; Gl 6:2 e 1 Pe 5:7).
    Representa as vitórias daquele que está em Cristo em suas lutas cotidianas.
    Era por esta porta que saía o exército, quando para ir às batalhas - Pv 21:31; II Tm 4:7 - Nós estamos combatendo a boa batalha, porque a vitória é nossa; o Senhor já a obteve na cruz.
    (10) - A PORTA ORIENTAL - Ne 3:29 - A porta Oriental se chama também “a porta do Rei”, em outras partes da Bíblia.
    Acredita-se que esta é a porta pela qual Jesus entrou em Jerusalém, e que hoje se encontra lacrada! Espera-se que o Messias entre por ela em sua segunda vinda - Ez 43:1-5; 44:1-2.
    Na simbologia espiritual, esta porta representa a volta de Jesus; o eminente arrebatamento dos salvos! Esta porta deve estar aberta na vida da igreja - Apc 22:20; 1 Ts 5:23.
    Representa a glorificação da Igreja.
    (11) - A PORTA DE MIFCADE (Atribuição) - Ne 3:31 - Também chamada de A Porta do Juízo.
    No aspecto espiritual, nos fala da definição que o povo de Deus deve ter quanto às suas atribuições!
    a) Israel deveria ser um reino sacerdotal (Ex 19:6); e,
    b) A igreja deve ser um sacerdócio real (1 Pe 2:9).
    A grande comissão do Senhor Jesus para seus discípulos nós encontramos nos Evangelhos (Mt 28:18-20; Mc 16:15).
    Representa os dogmas da Igreja de Jesus Cristo, que estão contidos na Palavra do Senhor.
    (12) - A PORTA DE EFRAIM - Ne 8:16; 12:39; 2Rs 14:13; 2Cr 25:23 - Efraim significa “fruto dobrado”. Era o segundo filho de José, mas recebeu a bênção de Jacó como se fora o primogênito.
    Na antiguidade, esta Porta era usada para entrada dos frutos das colheitas da própria cidade.
    Porção dobrada da herança era um direito de primogenitura (Hb 12:12; Zc 9:12).
    Representa a mudança na vida para melhor, daquele que crê em Cristo Jesus.
    III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
    Como se vê, apesar de quase desconhecidos, o livro de Deus registra esses nomes aqui focalizados; nomes esquecidos, mas nomes históricos, reais, simbólicos.
    O Senhor nos convida a terminarmos os muros e as suas portas, porque…
    “… quando ouviram todos os nossos inimigos, temeram todas as nações que estavam ao redor de nós, e se sentiram humilhados, e conheceram que por nosso Deus tinha sido feita esta obra” – Ne 6:16
    FONTES DE CONSULTA:
    Estudo Bíblico “Restauração das portas” - Hernando Chamorro
    Estudo Bíblico “PORTA DAS OVELHAS” - Pr. Alexandre Augusto




    Domingo 21/08/2011 
    Lição 08

    IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE 
    Lição 8 - 21 de agosto de 2011
    Texto Bíblico: Marcos 2.17 E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.
    Leitura Bíblica em Classe: Marcos 2.13-17; Atos 2.37-41

    MARCAS, EFEITOS E GANHOS DE UMA IGREJA GENUÍNA

    1. AS MARCAS DA IGREJA QUE CUMPRE A SUA MISSÃO
    * Se esmera no ensino da palavra de Deus - Marcos 2.13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava. I Timóteo 4.16 Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
    * Vai buscar os pecadores para o seu meio  - Marcos 2.14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega, e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. Lucas 19.10 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
    * Distribui simpatia com todas as classes - Marcos 2.15 E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. I Timóteo 6.18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis;
    * Relaciona-se com todos sem fazer acepção - Marcos 2.16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? Romanos 2.11 Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
    * Demonstra os seus propósitos de salvar almas - Marcos 2.17 E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. Tiago 5.20 Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.
    2. OS EFEITOS DA IGREJA QUE CUMPRE A SUA MISSÃO
    * Acontecem conversões válidas pela operação do Espírito - Atos 2.37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos?  Atos 2.47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
    * Muitas almas se arrependem pela operação do Espírito - Atos 2.38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Lucas 24.47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
    * As promessas divinas expandem pela operação do Espírito -  Atos 2.39 Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. Joel 2.28 E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões
    3. OS GANHOS DA IGREJA QUE CUMPRE A SUA MISSÃO
    * Muitos são libertados do meio de uma geração pervertida - Atos 2.40 E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. Filipenses 2.15 Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
    * Muitos são conduzidos a Cristo pela aceitação da palavra - Atos 2.41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, Atos 10.44 E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
    Obs: O esboço é elaborado exclusivamente pelo texto bíblico da lição.

      pastor :Adilson Guilhermel
    Lição 07
    Texto Base: João 13:12-17; Atos 2:42-47
    Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim” (Mt 24:46).
    INTRODUÇÃO
    O serviço cristão é o trabalho amoroso e sacrifical que o crente em Cristo consagra ao Senhor, tendo em vista à expansão do Reino de Deus e à edificação do Corpo de Cristo. A vida cristã é uma vida de serviço, de um serviço em todas as áreas da vida, de um cumprimento de tarefas determinadas pelo Senhor e da qual prestaremos contas quando chegarmos à eternidade.
    I. AS CARACTERISTICAS DO SERVO DE CRISTO
    Na parábola dos dois servos, Jesus nos mostra, claramente, que cada salvo é um servo e que todo servo é alguém que tem de servir, que tem de prestar um serviço, serviço que deve ser “assim”, ou seja, segundo um modelo, um padrão estabelecido pelo Senhor. Ele disse: “Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim”(Mt 24:46).
    Os maiores homens de Deus, na Bíblia, são chamados de servos. Abraão foi chamado de servo pelo Senhor, quando falava sobre ele, com Isaque – “… e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo“(Gn 26:24).
    Moisés foi chamado de servo – “… pois, ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra meu servo Moisés?”(Nm 12:8).
    Davi foi chamado de servo – “Porque eu ampararei a esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi“(2Cr 19:34).
    O Apóstolo João, conhecido como o apóstolo do amor, foi chamado de servo – “Revelação de Jesus Cristo… e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo”(Ap 1:1).
    Paulo, o grande Apóstolo dos gentios, ele mesmo se auto-intitulou como sendo servo – “Paulo, servo de Deus e Apóstolo de Jesus Cristo…”(Tito 1:1).
    Vê-se, pois, que para todos os grandes homens de Deus, Profetas, Reis, Apóstolos, ser chamado de servo de Deus era considerado uma benção, um privilégio especial. Nós, pela grande misericórdia de Deus, também alcançamos este privilégio de podermos dizer como disse Paulo, de podermos afirmar que somos servos de Deus.
    A seguir destacaremos três características, dentre muitas, inerentes ao servo de Cristo:
    1. Amor.
    O amor é uma característica indispensável para quem diz ser filho de Deus, é como se fosse o próprio DNA espiritual do cristão sincero e verdadeiro, devemos observar que este amor não é apenas a essência da comunhão entre Deus e o homem, o próprio núcleo da vida espiritual, mas é, como afirma Paulo, a primeira característica do fruto do Espírito (Gl 5:22), ou seja, necessariamente este amor tem de se traduzir em atitudes, em ações, tem de se manifestar fora do indivíduo.
    A prova de que alguém é, realmente, um filho de Deus está, precisamente, em ter este amor (vide 1João 4:7). Jesus deixou-nos isto muito claro ao dizer que Seus discípulos seriam reconhecidos pelo amor(João 15:12; 1João 2:10,11; 3:10,11). Ele é o pressuposto, é o elemento primeiro e indispensável para que alguém seja um cristão e possa ser um vaso de bênçãos nas mãos do Senhor.
    2. Compromisso. Temos duas maneiras de viver: viver como salvo e viver sem compromisso com a salvação. O salvo, diz a Bíblia, “… deve andar como ele andou”(1João 2:6). Esse “Ele” fala de Jesus. O Apóstolo Pedro nos informa como “ele andou”: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”(Atos 10:38).
    Os não salvos, sem compromissos com Deus e nem com o céu, seguem “… andando segundo as suas próprias concupiscências”(2Pedro 3:3).
    Tem que haver uma nítida diferença entre a maneira de viver dos salvos em relação aos não salvos. Os Salvos, andando como Jesus andou, devem andar em amor, santidade, união, honestidade, humildade, dentre outras virtudes.
    Há por aí um evangelho fácil e descomprometido com Deus, com sua Palavra e com a igreja, onde o fascínio de práticas ritualistas está de mãos dadas com a superficialidade da fé ao mesmo tempo em que a visão materialista da vida cristã toma o lugar da renúncia exigida por Cristo e vislumbrada nas bem-aventuranças (ver Mt 5:1-12; 16:24-26). Todavia, o compromisso de viver os princípios do Reino com todas as suas implicações é parte da relevância do crente no mundo.
    3. Humildade.Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda humildade…”(Ef 4:1,2). Humildade é uma condição necessária para todo aquele que quer viver como salvo. Os Cristãos primitivos foram ensinados que o orgulho, a altivez, a soberba eram coisas do mundo e que “…Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes…”(Tiago 4:6). Neste mesmo sentido ensinou, também, o Apóstolo Pedro, dizendo: “…revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”(1Pedro 5:5). Ainda sobre a humildade escreveu Paulo: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”(Fp 2:3). Pelo que se pode observar, entre os crentes da Igreja primitiva não havia sentimentos de grandeza, orgulho, soberba, superioridade – “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam…” (Atos 4:32).
    Portanto, para viver e andar como salvo é necessário andar em humildade. Entretanto, é bom ressaltar que:
    * Humildade não é pobreza. Normalmente quando alguém quer se referir a um irmão muito pobre costuma-se dizer “é um irmão muito humildezinho”. Porém, nem todo pobre é humilde, bem como nem todo rico é soberbo, ou orgulhoso. Existem pobres revoltados pelo simples fato de serem pobres. Não se conformam, têm inveja dos ricos. Humildade e inveja são dois sentimentos que não podem habitar juntos. A presença de um elimina o outro.
    * Humildade não é Ignorância. Costuma-se dizer: “aquele irmão é muito humilde, nem ler ele sabe”. Todavia, para ser orgulhoso, altivo, soberbo, não precisa saber ler. Nem todo analfabeto é humilde e nem todo letrado e sábio tem que ser altivo e soberbo. Por certo que temos muitos Obreiros, especialmente dos mais antigos, que não tiveram o privilégio de cursar nem o primeiro grau, porém, eles mesmos e um grande número de crentes que foram ganhos por eles estão vivendo como verdadeiras testemunhas de Cristo. Por outro lado existe uma nova geração de Obreiros que possuem vários diplomas de curso superior, são muito cultos, escritores, estes sempre gostam de escrever, pelo menos um “livrinho” para ser contado entre os escritores. Muitos destes que deixaram a verdadeira humildade correm o risco de nem estar vivendo como Salvos.
    * Humildade não é aparência exterior. Ser testemunha de Cristo não é necessário ter cara e nem jeito de “coitado”. Não é pela aparência exterior que identificamos uma pessoa humilde, um crente que esteja dando testemunho de salvo em Cristo. “Ele é muito humilde, não liga para nada, anda mal vestido, não tem vaidade”. Isto pode ser desleixo, falta de higiene, mau gosto no vestir, ou até sovinismo. Humildade não é alimentar-se e vestir-se mal, podendo alimentar-se e vestir-se bem; humildade não é ter um carro velho, podendo ter um novo; humildade não é morar num barraco, podendo morar numa casa confortável. Quando o crente não pode ter o que é bom e Deus ainda não lhe quis dar, então ele segue vivendo como testemunhas de Cristo e dando glórias a Deus. Porém, quando o crente pode ter todo o conforto e regalias, então ele faz uso de seus bens materiais, segue sendo grato a Deus, vivendo como salvo e dando glórias a Deus.
    II. O SERVIÇO CRISTÃO
    O serviço cristão é a missão que todos os crentes devem cumprir exaltando o nome de Deus, divulgando a salvação, e promovendo a comunhão com o Criador.
    1. Ordenado pelo Senhor. O Senhor, depois de haver libertado um homem de espíritos malignos disse-lhe: “Vai para tua casa, para os teus, e conta-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti” (Mc 5:19). Este homem deve ter feito conforme lhe foi pedido e, certamente, muitos foram abençoados por Deus pelo serviço prestado por esse seguidor de Jesus.
    Agora, pois, que é que o Senhor, teu Deus requer de ti, senão que temas ao Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames e sirvas ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma“(Dt 10:12). Estas palavras foram ditas ao povo de Israel e que se aplicam, literalmente, a todos nós que pertencemos à Igreja do Senhor.
    2. Em relação a Deus. Também servimos a Deus mediante a adoração. Adoração com uma atitude certa nos faz ser diferente. É o diferencial entre os que servem e os que não servem a Deus.
    Uma das características da descendência piedosa de Sete, estava, precisamente, no fato de que era esta linha de descendentes que adorava a Deus. A Bíblia informa-nos que, após o nascimento de Enos, o filho primogênito de Sete, passou-se a invocar o nome do Senhor (Gn 4:26), ou seja, Deus passou a ser buscado, a ser procurado, a ser reverenciado. O fato de esta linha de descendentes adorar a Deus, buscar reconhecer a sua autoridade, era o grande diferencial entre eles e os descendentes de Caim, a ponto de a Bíblia a eles se referir como sendo os “filhos de Deus” (Gn 6:2). Deus sempre irá manter um relacionamento de pai para filho com aqueles que O adorarem!
    A Igreja Primitiva olhava para a adoração como uma atividade diária e constante (At 2:42-47). Para os primeiros discípulos, a adoração não era um tempo separado na vida diária; ela era a própria vida diária. O apóstolo Paulo referiu-se à vida cristã como um contínuo ato de adoração – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1-2). E em Hebreus temos explícito mandamento quanto à necessidade da adoração pública do povo de Deus: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”(Hb 10:25). Em Romanos 11:33-36 é demonstrado que só a Deus deve ser prestado adoração, logo o “eu” não tem forma diante dEle. Ele é a fonte de todas as coisas. Ele é o poder que sustenta e governa o mundo em que vivemos e criou tudo para expressão da sua glória – “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém“.
    3. Em relação ao próximo. O amor a Deus é pressuposto para que se tenha amor ao próximo. Quem ama a Deus, ama o próximo(1João 4:21). Não é possível amar o próximo sem que antes se ame a Deus. Todavia, amar o próximo não é apenas ajudar alguém do ponto-de-vista material, mas, sobretudo, levar este alguém a uma vida de comunhão com Deus, a um equilíbrio em todos os aspectos da sua vida. Medidas emergenciais serão necessárias, como nos mostra a parábola do bom samaritano, mas é extremamente necessário que levemos o próximo a entender que deve, sobretudo, amar a Deus, para que também ame o próximo, como nós o amamos. Isto é um maiúsculo serviço cristão em relação ao próximo.
    III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO
    Missão” vem de uma palavra latina que significa “enviar”. Jesus ordenou aos seus primeiros discípulos, como representantes daqueles que os seguiram: “… Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21b; cf. 17:18). Essa missão é ainda válida: a Igreja universal, incluindo cada igreja local e cada cristão, é enviada ao mundo para cumprir uma tarefa específica. Dentre as tarefas que a Igreja tem de cumprir destacamos três: proclamar a Palavra de Deus; viver em comunhão; servir a Deus e ao próximo.
    1. Proclamar a Palavra de Deus(Mc 16:15). Como agente do Reino, a igreja é chamada a proclamar o Senhor Jesus como único Senhor e Salvador a todos os seres humanos, não importando sua etnia, cor, língua e posição social, e anunciar o convite de Deus aos pecadores para que entrem na vida, voltando-se para Cristo por meio do arrependimento e da fé (Mt 22:1-10; At 17:30). O ministério de Paulo como plantador de igrejas e evangelista por todo o mundo, tanto quanto possível, é um modelo para se levar adiante essa tarefa precípua (Rm 1:14; 15:17-29; 1Co 9:19-23; Cl 1:28-29).
    2. Viver em comunhão. É parte da missão da igreja a comunhão do corpo de Cristo, e a partir do corpo de Cristo a visão inclui a família, lembrando que Deus quer ter uma família de muitos filhos semelhantes a Cristo. Neste sentido, a unidade da igreja é uma necessidade urgente. Quando Jesus orou ao Pai, pediu-lhe enfaticamente: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”(João 17:20-21) .
    3. Servir a Deus e ao próximo. A igreja é chamada também para realizar as “boas obras que Deus preparou de antemão para que as realize” (Ef 2:10), pois para isso foi criada. Fomos salvos para as boas obras. Por meio delas, o Reino se torna historicamente visível como uma realidade presente. A esta dimensão tem se chamado de responsabilidade social.
    Confiando no mandamento de Deus para amar ao próximo, os cristãos devem responder com generosidade e compaixão a todas as formas de necessidades humanas (Mt 25:34-40; Lc 10:25-37; Rm 12:20-21). Jesus curou doentes, alimentou famintos e ensinou a ignorantes (Mt 15:32; 20:34; Mc 1:41; 10:1), e os que são novas criaturas em Cristo devem por em prática a mesma compaixão. Ao agirem assim, darão credibilidade ao evangelho que pregam a respeito de um Salvador cujo amor transforma pecadores naqueles que amam a Deus e ao próximo (Mt 5:16).
    Esse tipo de serviço é também um testemunho de amor cristão. Provavelmente Tiago tenha falado que a fé sem as obras seja morta, nos exortando ao serviço para o bem comum. Está escrito: “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”(Tg 4:17).
    Jesus declarou o seguinte:E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulos, em verdade vos digo, que de modo algum perderá sua recompensa“(Mt 10:42 ).
    CONCLUSÃO
    Portanto, o serviço é uma parte indissociável da vida do salvo. Logo, todo salvo tem de servir a Deus, tem de Lhe prestar um serviço. Cada um na função que foi estabelecida pelo Senhor, temos de servi-lo: pregando o Evangelho; integrando os salvos na igreja local; aperfeiçoando os santos mediante o estudo da Palavra de Deus; adorando a Deus; buscando influenciar o mundo para que ele viva de acordo com a vontade de Deus; dando um bom testemunho para que os homens glorifiquem ao Senhor, inclusive ajudando ao próximo, tanto material quanto espiritualmente; lutando pela preservação da sã doutrina e pela manutenção de uma vida avivada na igreja local a que pertencemos. Temos feito isto que o Senhor nos determina? Temos cumprido as tarefas cometidas pelo Senhor?
    Fonte: Blog pastor Luciano Santos


    Lição 06

    A EFICÁCIA DO TESTEMUNHO CRISTÃO
                        Texto Áureo: At. 1.8 – Leitura Bíblica: Mt. 5.13-16; Rm. 12.1,2

    Pb. José Roberto A. Barbosa

                                                               
    Objetivo: Mostrar aos alunos que não fomos chamados apenas para usufruir dos benefícios da salvação, mas também para testemunhar do Salvador a um mundo que jaz no Maligno.
    INTRODUÇÃO
    O mundo jaz no Maligno, por isso, resta a igreja a tarefa de testemunhar, em tal contexto, do evangelho de Cristo. Na aula de hoje atentaremos para a importância do testemunho cristão eficaz. A principio, ressaltaremos o caráter da igreja nesse particular, já que foi enviada por Jesus para tal. Em seguida, meditaremos sobre a igreja, enquanto sal da terra e luz do mundo, salgando e iluminado o mundo. Ao final, destacaremos que o amor é fundamento para o testemunho cristão eficaz.

    1. TESTEMUNHAR, UMA TAREFA DA IGREJA
    O verbo testemunhar, no grego, é martyreo que significa “confirmar, testificar de algo a partir da experiência”. Testemunho (martyria em grego) denota o ato de testificar ou do próprio conteúdo a partir de uma convicção (Jo. 3.11, 32; 5.31; I Jo. 5.9,10; II Jo. 12; Ap. 1.2). No Novo Testamento, o testemunho está relacionado a Deus e a Jesus (Mc. 13.9), no tocante à igreja, essa não pode se envergonhar de testemunhar de nosso Senhor (Mt. 24.14; At. 4.33; I Co. 1.6; 2.1; II Tm. 1.8). Isso porque Jesus é “o testemunho” (I Tm. 2.6), Ele é a Verdade (Jo. 14.6), o Único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5), e em nenhum outro há salvação (At. 4.12), o próprio Pai confirma que o testemunho de Cristo é verdadeiro (Jo. 8.12-18). Assim como Jesus foi enviado do Pai para dar testemunho, Ele também envia a Sua igreja, a fim de que essa dê testemunho dEle (Jo. 20.21). Mas antes que os primeiros discípulos iniciassem o testemunho a Seu respeito, fazia-se necessário que esses permanecessem em Jerusalém, até que fossem revestidos do poder do alto (Lc. 24.49). Jesus lhes prometeu que eles receberiam poder, ao descer a virtude do Espírito Santo, a fim de que fossem testemunhas, em Jerusalém, Judéia e Samaria, e até os confins da terra (At. 1.8). Essa é a tarefa de Igreja, testemunhar da morte e ressurreição de Cristo, proclamando a realidade do pecado, conclamando as pessoas ao arrependimento (Lc. 24.47), a fim de que sejam retirados das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pe. 2.9). A obra missionária é tarefa exclusiva da igreja, essa não pode ficar circunscrita às quatro paredes, mas deve obedecer ao Senhor, fazendo discípulos em todas as nações (Mt. 28.19,20), levando o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado (Mc. 16.15).

    2. A IGREJA, SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO
    No contexto do Sermão do Monte, ou mais especificamente, do Reino de Deus, Jesus declara aos seus discípulos: “vós sois o sal da terra” (v. 13) e mais adiante “vós sois a luz do mundo” (v. 14). Como sal da terra, a igreja tem a missão de preservá-la da corrupção, isso acontece por meio do contato, não fomos chamados para vivermos longe da sociedade, mas para estar inserido nela, sem, no entanto, se deixar contaminar pelos seus valores invertidos (Jo. 17.15-17). A igreja deve ser sal, quando isso não acontece, ela se torna insípida, sem sabor, perde sua relevância. Ainda que o mundo não saiba, somente a Igreja pode temperá-la, através da Palavra de Deus, a Verdade (Cl. 4.6). Em Mc. 9.50 fica evidenciado que é a paz entre os crentes que restaura o sabor do sal que se tornou insípido. O sal que perde o seu sabor para nada presta senão para ser lançado fora e pisado pelos homens, transformado em asfalto. Muitas igrejas estão perdendo o sabor, ao invés de influenciarem o mundo, são totalmente influenciadas por ele. Essas igrejas não conseguem mais fazer a diferença entre o sagrado e o profano. Tais igrejas se envolveram tanto em politicagem que perderam a natureza profética; fizeram tantas concessões morais que não sabem mais o que é pecado; estão tão centradas no material que perderam a esperança no futuro. A Igreja também deva ser luz do mundo, mas somente poderá fazê-lo se refletir a Luz, que é o próprio Cristo (Jo. 8.12; 9.5). A Igreja deva agir em conformidade com os padrões do Senhor, a fim de que, conforme aponta Paulo, seja irrepreensível e sincera, no meio de uma geração corrompida e perversa, e resplandecer como luzeiro no mundo (Fp. 2.15). Jesus deu testemunho de João Batista, declarando que ele era uma lâmpada que ardia e iluminava (Jo. 5.35). Do mesmo modo, cada discípulo deve ser luz, por onde quer que ande, uma luz para que as pessoas vejam, em nós, o resplendor da glória de Cristo. O discípulo não pode ficar em baixo de um balde (alqueire), que era usado para medir alimentos, mas no velador, uma espécie de suporte para sustentar a lâmpada. Com essa afirmação o Senhor destaca a importância de ocupar os lugares adequados para dar testemunho. Quando o discípulo de Cristo ocupa os lugares apropriados para dar testemunho diante dos homens, e esses vêem as suas boas obras, glorificam ao Pai que está nos céus (v. 16).

    3. A EFICÁCIA DO TESTEMUNHO CRISTÃO
    Para dar testemunho eficaz, o cristão não pode se conformar com esse mundo, antes experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm. 12.1). O inconformismo é um das características principais dos verdadeiros discípulos do Senhor. Eles não se enquadram dentro dos paradigmas estabelecidos pela sociedade anticristã. O cristão sabe que foi chamado para ser santo, pois o Senhor diz repetidamente “Sede santos porque eu sou santo” (Lv. 11.45; I Pe. 1.15-16). Essa santidade nada tem a ver com uma fuga da realidade, ou mesmo da sociedade, mas de uma transformação, que começa pela mente, pelo modo de ver o mundo (Rm. 12.2). Dentre os modelos mundanos com os quais não podemos nos conformar destacamos: 1) pluralismo – a antiga declaração de que todos os caminhos levam a Roma não se coaduna com os princípios cristãos, pois declaramos, veementemente, que somente Jesus é o Caminho para o Pai, Ele é, portanto, singular, não é apenas um grande, mas o Único (I Tm. 2.5); 2) materialismo – esse não apenas nega a realidade espiritual, mas o próprio Deus, pois Deus é Espírito (Jo. 4.24). Não que a matéria seja ruim, muito pelo contrário, pois o próprio Deus se fez carne, mas não podemos pautar nossas vidas no materialismo, mas na simplicidade, generosidade e contentamento (Fp. 4.11; I Tm. 6.6); 3) relativismo – a ética moderna tende a negar os absolutos da verdade cristã, negando até mesmo a possibilidade da verdade (Is. 5.20), mas o cristão sabe que a vontade de Deus é soberana, mas que isso, é boa, perfeita e agradável, por isso, a obedece por amor (Lc. 6.46; Jo. 14.21); e o 4) narcisismo – o homem facilmente centra-se no “eu”, um dos sinais dos últimos tempos é que as pessoas se tornariam “amantes de si mesmas” (II Tm. 3.2), em resposta ao egocentrismo moderno, o cristão ama, não apenas em palavras, mas em ação, cujo expoente é Deus (Jo. 3.16; Rm. 5.8; I Jo 3.16).

    CONCLUSÃO
    O amor é o maior testemunho do cristão, nenhum testemunho é eficaz, a menos que seja feito em amor. Sem amor, diz Paulo aos coríntios, nada faz sentido (I Co. 13), a matemática de Deus é diferente, pois 1 + 1 + 1 +1 – 1 é igual a 0. Alguém pode até falar línguas, profetizar, conhecer mistérios, toda a ciência, mas se não tiver amor, de nada adianta. Jesus disse que seríamos conhecidos pelos frutos (Mt. 7.16), e um dos aspectos do fruto do Espírito é o amor (Gl. 5.22), por isso, como disse certo pensador cristão: “testemunhe, se preciso for use as palavras”.

    BIBLIOGRAFIA
    LADD, G. E. O evangelho do Reino. São Paulo: Shedd Publicações, 2008.
    STOTT, J. O discípulo radical. Viçosa: Ultimato, 2011.

 
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